domingo, 14 de março de 2010

Sociedade de Filosofia - Um Culto ao Saber

Desde meados de 2008 que ouço falar de um Sociedade de Filosofia do Acre, sempre fui muito simpático a iniciativa, mais nunca dei prioridade em participar dos encontros, que são de quinze em quinze dias, neste sábado foi diferente, aproveitei a oportunidade de participar da primeira reunião da Sociedade de 2010.
Não foi surpresa pra mim, sabia que iria encontrar um grupo de pessoas reunidas ,com um propósito bem diferente do que estamos acostumados a ver todos os dias, de realizar um culto ao saber.
Discutir as idéias de Carl Sagan, Richard Dawkins, ouvir Maria Bethania, Caetano Veloso, Vinícius de Morais na atual sociedade, onde só existe um livro que dita todas as condutas morais e sociais, onde só se ouve músicas gospel, ou apologia ao sexo e consumo de álcool, é propositadamente uma ruptura ao cabresto.
Durante o pouco tempo da reunião fomos capazes de viajarmos pela poesia, musica, política e ciência. A sociedade está dando às crianças, jovens e adultos a possibilidade de enxergar o mundo com outras perspectivas, sem os dogmas, sem as certezas absolutas e incontestes. Apresenta um mundo baseado em evidências, um mundo livre onde os diferentes convivem com respeito ao próximo, onde nem toda verdade é absoluta.
Vida longa a Sociedade de Filosofia do Acre.

3 comentários:

Unknown disse...

a Sociedade Philosophia e seu moderadores agradecem a sua presença e principalmente a sua contribuição e saudação ao nosso trabalho.

Muito Obrigado!
Parabéns pelo Blog!
já está na minha lista de favoritos!

Abraços!

André Araújo
Moderador da Sociedade Philosophia.

Unknown disse...

Querido Valden!

Belas palavras lançadas à Filosofia!
Como seu texto nos enche de coragem para enfrentar a superficialidade dos dias atuais...
Muito grato!
A Sociedade Philosophia é sua!
E volte sempre!

Do amigo, Marcos Afonso.

blogger disse...

Prezados,
Boa tarde...
Lançamos recentemente o livro Do Corpo-Máquina ao Corpo-Informação, do Prof. Dr. Homero Lima (UFC), obra de relevância para a categoria, tanto para leigos e docentes.
Isto posto, solicito a gentileza de, se possível, divulgar o lançamento neste site, conforme texto abaixo.
Havendo possibilidade e necessitando de maiores detalhes, favor contatar-me.
Atenciosamente e muito grato.
Vanderlei Cruz
Editor Chefe

O livro Do Corpo-Máquina ao Corpo-Informação, do Prof. Homero Lima, lançado pela HonorisCausa Editora (www.honoriscausaeditora.com.br), analisa as formas de problematização das relações entre corpo e novas tecnologias efetivadas pelas produções discursivas da mídia e do campo acadêmico. Trata-se de pensar como a relação entre corpo e tecnologia vem se tornando uma problemática, que práticas discursivas, associadas a uma dispersão de práticas coexistentes e laterais, têm feito esta questão emergir como objeto para o pensamento. As práticas discursivas analisadas indicam a configuração de uma nova formação discursiva – que nomeamos de “pós-humana” – marcada por uma mutação arqueológica: a passagem do corpo-máquina ao corpo-informação. A análise demonstra que, se, por um lado, os discursos agenciados ao dispositivo das novas tecnologias operam importantes desconstruções das oposições metafísicas homem/máquina, humanos/não-humanos, natural/artificial, natureza/cultura que têm sustentado o pensamento ocidental, particularmente seu veio antropocêntrico-humanista, ao revelar, por exemplo, momentos de indecidibilidade quanto à agência humana; por outro, foi possível apreender no corpo dos discursos uma série de ambigüidades que revelam dificuldades na ultrapassagem dessas oposições, momento em que identificamos elementos de permanência, de continuidade e de repetição da própria metafísica, como a oposição mente/corpo. Daí que a configuração de nova formação discursiva não significar necessariamente uma “superação da metafísica”. Identificamos que a multiplicidade de práticas imagético-discursivas que investem o corpo hoje é delineada pelo a priori histórico da informação, definido pela junção da cibernética, tecnologias da informação e biologia molecular, que estão na base das práticas de digitalização e virtualização dos corpos. É nesse solo arqueológico que acreditamos encontrar a condição de possibilidade das novas configurações em que se inscrevem os discursos sobre corpo ciborgue, corpo informação, corpo pós-humano, que hoje vemos plasmar tanto a mídia como o campo acadêmico. De uma perspectiva arqueo-genealógica, entendemos que essas práticas discursivas estão elas mesmas ancoradas em novas modalidades de poder-saber que acabam por dar ensejo a uma indefinida possibilidade plástica de operar com o corpo – devendo por isso mesmo ser tematizadas no âmbito do diagrama das forças que as cartografam...