domingo, 18 de outubro de 2009

TV´s DA SALVAÇÃO


A cada dia que passa fico mais irredutível quanto minha condição de militante anti-religioso. Todas as TV´s com raríssima exceções tem programação religiosa, não agüento mais. Se depender dos pastores e padres televisivos um lote no céu vai ser disputado a tapa, não duvido nada surgir um Movimento dos Sem Céu -MSC. Deixando a brincadeira de lado, o cidadão que não tiver como comprar serviço de canais alternativos, está obrigado a assistir a programação: me dá um tostão que te dou a salvação.

domingo, 23 de agosto de 2009

MARINA E O CRIACIONISMO

Nas últimas semanas que passaram o assunto da mídia local e no país, foi a saída da senadora Marina silva do PT, e navegando na net, me deparei com um texto do Paulo Moreira Leite que é um dos diretores da revista ÉPOCA, que trata do posicionamento da Senadora Marina a respeito do criacionismo e resolvi posta-lo no blog.
Como todos sabem o meu blog contesta o fundamentalismo religioso e busca fomentar debates a respeito das religiões e suas causas na sociedade.
A entrevista da Senadora é mais um dos seus posicionamentos que mostra coerência, tranqüilidade, espírito de coletivismo, sabedoria e tolerância em conviver com as diferenças.
Me sinto privilegiado e orgulhoso ser do Estado de umas das pessoas mais brilhantes do nosso país e do mundo. Sou fã de carteirinha e tudo.

MARINA E O CRIACIONISMO
autor: Paulo Moreira Leite (http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/

Em entrevista a Marta Salomon, na Folha de hoje, Marina Silva responde a uma questão sobre criacionismo — aquela corrente de pensamento cristã que nega a evolução das espécies e assume os textos bíblicos sobre a origem do homem e das espécies como verdades literais.
FOLHA - Antes de mudar de partido, a sra. mudou de religião, de católica para evangélica. No ano passado, equiparou a teoria da evolução de Charles Darwin ao criacionismo, que atribui a origem da vida a Deus. Entre fé e ciência, a sra. fica com a fé?MARINA SILVA - Houve um completo mal-entendido. Fui dar palestra em uma universidade adventista, que é uma faculdade confessional. A legislação brasileira permite as escolas e as faculdades confessionais, que têm o direito de fazer a abordagem do ensino a partir da perspectiva religiosa.Um jovem me perguntou o que eu achava de as escolas adventistas ensinarem o criacionismo. Respondi que, desde que ensine também a teoria da evolução, não vejo problema. A partir daí, as pessoas começaram a dizer que eu estava defendendo o criacionismo. Sou professora, nunca defendi essa tese e nem me considero criacionista. Porque o criacionismo é uma tentativa de explicação como se fosse científica para responder a questão da criação em oposição ao evolucionismo. Apenas acredito em Deus, é uma questão de fé. Nunca tive dificuldade em respeitar e me relacionar com os ateus, com pessoas que professam outras crenças ou outra forma de pensar diferente da minha.O debate sobre criacionismo reside aí. Determinadas escolas religiosas querem lhe dar a condição de categoria científica, permitindo que seja ensinado em pé de igualdade com as teorias evolucionistas, desenvolvidas por Charles Darwin, e que são uma das bases do conhecimento moderno. O movimento criacionista não quer excluir o evolucionismo das escolas. Quer que as idéias religiosas passem a ser admitidas como uma visão alternativa e legítima do pensamento científico — e é isso o que se discute.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Grã-Bretanha tem primeira colônia de férias para ateus

por Robert Pigott

Uma colônia de férias de verão britânica está oferecendo uma experiência pouco comum para jovens de sete a 17 anos. A iniciativa promove uma "alternativa sem Deus", em oposição a acampamentos de verão mais tradicionais administrados por grupos religiosos.
Algumas das 24 crianças que chegaram ao acampamento Camp Quest, na cidade de Bruton, sudoeste da Inglaterra, pareciam jovens demais para lidar com conceitos tão amplos e complexos como religião e Deus.
A colônia de férias tem uma missão ambiciosa. Ela é "dedicada a melhorar a condição humana através de questionamento racional, pensamentos críticos e criativos, e método científico [...] e pela separação entre religião e governo".
O objetivo mais imediato, segundo os diretores, é ensinar cooperação, tolerância e empatia, através de atividades esportivas e brincadeiras. Mas são as visões sobre algumas questões mais complexas da vida que a distingue das demais, sobretudo o tratamento da religião.
"Os participantes aprendem que o comportamento ético não depende de crença religiosa e doutrinas, que essas são às vezes um obstáculo para o comportamento moral e ético, que pessoas sem religião também são boas e totalmente capazes de viver uma vida feliz e cheia de significado", afirma o site do acampamento na internet.
A diretora da colônia de férias, Samantha Stein, afirma que as crianças são estimuladas a pensarem de forma independente.
"Se as crianças se depararem com uma questão como criacionismo, por exemplo, nós discutiríamos as evidências. Nós não diríamos 'Criacionismo é bobagem', diz a diretora.
O pai de uma das participantes do acampamento ateu disse que já levou sua filha a outros acampamentos cristãos e que estava em busca de uma experiência mais ampla para a criança.
Leeroy Murray, pai de três meninos em Camp Quest, disse que não descartaria mandá-los a um acampamento religioso.
"A coisa mais importante para mim aqui é dar para eles uma variedade de experiências e estimular que eles entendam o máximo possível de religiões e de ciências, e dar a eles as ferramentas para que decidam por conta própria o rumo que querem seguir", disse Murray.
Os filhos de Leeroy parecem mais preocupados com os aspectos menos filosóficos do acampamento.
"Eu quero fazer novos amigos, encontrar novas pessoas e fazer todas as atividades preparadas para nós", disse um dos filhos, de 9 anos.
"Eu gosto das atividades porque elas melhoram a sua saúde e fazem com que você esteja em forma", disse outro filho, de 8 anos.
Além das atividades esportivas, algumas brincadeiras procuram tratar de questões mais profundas.
A principal atividade "científica" do acampamento consiste em uma busca a dois unicórnios invisíveis.
Os instrutores dizem aos jovens que os unicórnios não podem ser vistos, provados, cheirados ou tocados. Eles também não conseguem fugir do acampamento e não se alimentam de nada.
A única prova da sua existência, segundo os instrutores, está contida em um livro muito antigo repassado por "inúmeras gerações".
Um prêmio de 10 libras (cerca de R$ 30) é oferecido a qualquer criança que conseguir provar que os unicórnios não existem.
Fora do acampamento, no portão de entrada, um solitário manifestante protesta contra o acampamento. Paul Arblaster, membro de uma igreja local, segura cartazes com mensagens críticas ao Camp Quest. Ele protesta também contra o exercício dos unicórnios.
"É claro que eu acho que existe uma pegadinha aí. Eles podem dizer que o exercício dos unicórnios não tem nada a ver com Deus. Mas eu acho que é uma representação razoavelmente velada deste tipo de doutrina", disse o manifestante.
A diretora do acampamento rebate o argumento.
"O objetivo é fazer com que as crianças pensem sobre coisas como ônus da prova", diz Samantha Stein.
"Quem precisa provar que os unicórnios estão lá... é a pessoa que diz que eles estão ou é a pessoa que diz 'Não, eu acho que você não está certo'?"
O Camp Quest surgiu há 13 anos nos Estados Unidos, onde escoteiros e grupos religiosos são a maioria no mercado de acampamentos de verão – muito populares entre famílias americanas nas férias escolares. A versão britânica dura cinco dias e custa 275 libras (cerca de R$ 900).
fonte BBC do Brasil

terça-feira, 7 de julho de 2009

Deus e o diabo na Terra de Galvez

NELSO LIANO JR.

O escritor Paulo Coelho costuma dizer que para um livro ser bom é preciso que o seu autor viva a história. A premissa do Best Sellers internacional poderia se aplicar bem à obra que Moisés Diniz publicou recentemente, O Santo de Deus. A história do Massacre de Lavras, que aconteceu, em 98, num seringal perdido das matas do rio Tauri, próximo a Tarauacá, quando seis moradores, inclusive duas crianças, foram assassinados, é contado a partir da vivência do autor. As mortes e as torturas ocorreram a mando de um casal de pastores de uma seita evangélica para as vítimas serem "purificadas" dos seus pecados e da influência do Demônio. Eles diziam estar tendo visões de Deus que "ordenava" os sacrifícios. Na época do episódio, Moisés Diniz, vivia naquele município e pode presenciar as reações da população diante de fatos tão trágicos. As especulações e as dúvidas geradas pelos acontecimentos, a revolta e o desejo de vingança que se abateu sobre os moradores de Tarauacá.
Para encontrar explicações ao que parece inexplicável o livro carrega no tom místico e nas interpretações bíblicas do Velho Testamento. Talvez devido ao fato de Moisés Diniz ter sido seminarista no Juruá e quase se tornado Irmão Marista. Nas páginas do livro o autor luta contra as contradições do seu conhecimento para interpretar as motivações de um grupo de crentes transformados em assassinos sanguinários.
A matéria prima de O Santo de Deus é o fanatismo religioso provocado pelo isolamento de uma comunidade perdida no interior da Floresta Amazônica. Seres esquecidos à própria sorte que encontraram nas promessas do "Paraíso" uma saída para o sofrimento cotidiano. Eles acabam trilhando um atalho perigoso a caminho do Céu e, cometendo uma espécie de suicídio coletivo. Mesmo porque aqueles que não morreram das torturas físicas serão eternos torturados nos seus espíritos. Aliás, o assunto deveria servir de alerta para que as pessoas não usem a religião como fuga. Quando tudo vai mal a única solução é Deus. Não é bem assim. O conhecimento espiritual é um caminho de autoconhecimento para a elevação de cada um.
A obra é uma reportagem que vai além dos fatos e tenta perscrutar a alma humana forjada na solidão e no abandono dos seringais acreanos que entraram em decadência depois do esplendor da borracha. Tem alguns momentos da leitura que não sabemos se o autor fala de gente ou de bestas irracionais. Mas é aí que aparece um elemento instigante. Como ribeirinhos analfabetos chegaram ao ponto de dominar as palavras da Bíblia? Essa é a questão que o escritor trabalha com uma sagacidade única de quem teve intimidade com as Escrituras Sagradas, na juventude e, deve ter gestado muitas dúvidas interpretativas dentro de si.
De repente, Moisés Diniz, se vê diante de fatos macabros gerados pela exacerbação mística na sua própria terra. Como garimpeiro da alma dedica-se dez anos para encontrar explicações e vencer a jornada literária em direção de uma das possíveis verdades. O escritor entrevistou durante esse tempo os atores do macabro espetáculo de Lavras em busca de soluções satisfatórias. O resultado é uma obra bem escrita com uma linguagem mística, reflexiva e misericordiosa. O Santo de Deus não condena ninguém ao inferno, mas fala de pessoas que já nasceram condenadas pelo isolamento e o abandono social. Como dizia o escritor francês Jean Paul Sartre, "o inferno são os outros".
O Santo de Deus é um registro definitivo de uma história que muitos queriam que fosse esquecida. Um alerta dos estragos que o fanatismo religioso pode causar às comunidades nativas. Infelizmente a história contada pelo escritor continua a acontecer a cada vez que um missionário cristão prega a culpa numa aldeia indígena. Quando um pseudo-pastor, no Juruá, vai à casa dos católicos xingá-los e ofendê-los como adoradores de imagem, ou no momento em que um político pretensioso se diz guiado diretamente por Deus nas suas decisões. Um atentado moralista ao livre-arbítrio, como o descrito no livro, pode estar prestes a acontecer na periferia de Rio Branco ou de qualquer outra cidade do Acre. Basta, algum pseudo-guia espiritual mal intencionado, de qualquer religião, se dizer o "dono da verdade" e manipulá-la de acordo com os seus interesses pessoais.
O Santo de Deus é, portanto, uma literatura viva e atual. Agora, os verdadeiros políticos preocupados com o bem-estar social, precisam dotar a sociedade de instrumentos de inclusão para impedir que massacres como o de Lavras nunca mais se repitam em terras acreanas.

LIVRARIA BETEL

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

TOQUE DE HUMOR

Alguns dos meu leitores (não saõ tantos) me disseram que o blog estava precisando de um pouco de toque de humor, e eu concordei.
Aproveitem!
FRASES REFLEXIVAS


“Dê um peixe a um homem e você o alimentará por um dia. Dê-lhe uma religião e ele morrerá de fome enquanto reza por um peixe.”
“Devemos respeitar a religião de nossos semelhantes, mas somente no sentido e no grau em que respeitamos sua teoria de que sua esposa é bonita e suas crianças inteligentes.” Mencken
“A fé remove montanhas. Dinamite então nem se fala!”
“E no 4,5 bilionésimo ano o homem disse: que haja deus.” Justin Thomas
“Digam o que disserem sobre os Dez Mandamentos, devemos nos dar por felizes por eles não passarem de dez.” Mencken
“Um metafísico é um cego em um quarto escuro procurando por um gato preto que não está lá; um teólogo é o cara que acha o gato.”
“Os criacionistas fazem parecer que uma ‘teoria’ é algo que você sonhou depois de ter ficado bêbado a noite toda.” Isaac Asimov
“Deus prefere ricos ou pobres? Pobres, é claro; caso contrário não teria feito tantos.”
“Os defensores do criacionismo são vítimas de um amor não-correspondido com a lógica”
“Lembre-se: Deus não é lata de lixo, não dê a Ele apenas seus restos” (frase comumente dita enquanto passam a cestinha de coleta)
“Quem acredita em psicocinese levante o meu braço.”

domingo, 26 de abril de 2009

DEUS NÃOÉ SURDO


A rua onde moro tem aproximadamente 250 metros, é uma rua sem saída, e existem três igrejas evangélicas e que durante a semana toda tem atividade, enquanto uma descansa a outra “vara” a noite em plena atividade, e ás vezes as três ao mesmo tempo.
E nas ruas paralelas tanto da direita quanto da esquerda existem mais 6 igrejas evangélicas.
Com surgimento de tantas igrejas, fico imaginando aquela fila quilométrica na porta do céu, pessoas com barracas, com sanduíches, dormindo na fila, famílias inteiras esperando a última checagem no portal celestial, só conferindo pequenos detalhes para ascensão ao paraíso.
Bom! A única coisa que sei é que posso até não ir para o céu, mais que minha rua oferece as passagens e o caminho para o paraíso, é certo. Só não vou se não quiser.
Só acho que o único pecado cometido pelas igrejas é achar que Deus é surdo, e que para louvá-lo e necessário gritar tanto e o volume do som das bandas serem tão alto, e diga de passagem, muitas delas são horríveis. Mais tudo bem, apesar do calor, fecho as portas e as janelas pra tentar assistir a TV e esperar que o calor dentro de casa aumente consideravelmente. Fechado dentro da minha casa, ouvindo uma musica ou assistindo televisão em um volume que não incomode meus vizinhos e respeitando os horários, enquanto isso as igrejas com todas as portas abertas e um poderio de som com bateria, guitarras e normalmente uma dupla puxando os cânticos em alto volume.

Sinceramente! Daria pra diminuir só um pouquinho o volume pessoal?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

ONU e Islã propõem Idade Média total

por Janer Cristaldo

Sempre me reservei o direito de criticar toda e qualquer religião. Se criticamos o Estado, se criticamos filosofias e comportamentos, se criticamos artes e literatura, por que estaríamos proibidos de criticar religiões? Estariam as religiões acima de qualquer crítica? Não estão. Se isto fere suas convicções, paciência. Qualquer jornal que você leia, em algum momento, inevitavelmente, vai ferir seu modo de ver o mundo. Democracia é assim mesmo. Idade Média é outro departamento.
O mesmo não pensa a Organização das Nações Unidas. Leio nos jornais que o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) aprovou semana passada uma resolução que condena a difamação religiosa e passa a considerar o ato como uma violação aos direitos humanos. O documento também pede que governos adotem leis protegendo as religiões de ataques.
Diz a sura 2:191, do Corão: “Matai os infiéis onde quer que os encontreis”. Quem são os infiéis? Segundo o Islã, todos os que não são muçulmanos. Todo aquele que não aceitar Alá como deus único e Maomé como seu profeta está ipso facto condenado à morte. A ONU, em nome dos tais de Direitos Humanos, quer que os governos adotem leis que protejam os maometanos de qualquer crítica a esta incitação ao assassinato. E mais ainda: crítica nenhuma ao profeta. As leis do Ocidente podem tipificar à vontade como pedofilia ou estupro as relações de um adulto com uma menina de nove anos. Mas que jamais alguém ouse condenar como pedófilo ou estuprador um bode velho por ter deflorado Aisha... aos nove anos de idade. Aisha foi uma das onze mulheres de Maomé. Alá permite quatro, mas concedeu privilégio especial a seu profeta bem-amado.
Calem-se os historiadores sobre as guerras de conquista tanto do Islã como da Igreja Católica. Isso ofende profundamente papas, cardeais, bispos, padres, aiatolás e mulás. Isso sem falar nos crentes, que se ouriçam todos mal lembramos da Inquisição. Daqui para a frente, proibido falar das fogueiras que católicos e protestantes ergueram na Europa e mesmo Além-Mar para queimar bruxas e hereges. Se os governos aderirem à vontade da ONU, cuidem-se os ateus ou crentes de outras religiões que vêm nos dogmas da Igreja de Roma ridicularias do medievo. Em alguma punição deverão ser incursos.
Palavrinha nenhuma contra os absurdos pronunciamentos de um papa que envia uma mensagem de morte a um continente todo, ao condenar os preservativos. Daqui para a frente, não será mais ridículo pregar a castidade ou o uso de cilícios. Aliás, Sua Santidade que se cuide. Que não ouse citar doravante imperadores de séculos passados, como já o fez com Manuel II Paleólogo, que pedia a um interlocutor persa: "mostre o que Maomé trouxe de bom e verás apenas coisas más e desumanas, como sua ordem de divulgar a fé usando a espada". Esta lembrança feriu profundamente as meigas almas muçulmanas.
É chegada a hora de banir das bibliotecas e livrarias autores como Nietzsche ou Voltaire. Ou mesmo Kazantzakis ou Saramago, que ousaram propor desenlaces diferentes aos Evangelhos. O Vaticano já pode reativar o Index Librorum Prohibitorum, onde estão catalogadas as obras dos inimigos da fé. A propósito, condene-se a monumental obra do historiador Ernest Renan, sua história do cristianismo e sua história do judaísmo. Bom também proibir qualquer história da Igreja, dos papas ou mesmo do Islã. São lembranças que podem ofender os crentes. Essa recente safra de autores ateus, como Michel Onfray, Daniel Dennet, Christopher Hitchens, Richard Dawkins, Sam Harris, pode ir se acostumando à idéia de ver seus livros recolhidos do mercado. Bom também proibir de vez a Bíblia, que considera obra do demônio o culto a qualquer outro deus que não o judaico-cristão.
Cuidem-se os pastores evangélicos que atacam a macumba e a umbanda como obras do demônio. Cuidem-se também juízes, promotores e jornalistas que ousam condenar as vigarices dos evangélicos. Está na hora de libertar e absolver de toda culpa aqueles santos pastores encarcerados numa prisão dos Estados Unidos, a bispa Sonia e o apóstolo Estevam Hernandes. A prisão destes dois mártires fere profundamente a sensibilidade dos seguidores da Renascer.
A resolução da ONU tem um endereço certo. Foi proposta pelos países islâmicos, que há dois anos trabalham pela aprovação de decisões para proteger sua religião. A proposta foi apresentada pelo Paquistão e copatrocinada por quem? Pela Venezuela de Hugo Chávez. Pelo jeito, o caudilho de opereta está querendo abrigar, sob as cálidas asas da ONU, seu brilhante achado, o “bolivarianismo”. Entre os que votaram a favor da resolução, além de Cuba e Venezuela, estavam países africanos e islâmicos, estes magníficos exemplos de democracia. A Europa votou contra a resolução, alegando que a medida fere a liberdade de expressão e de imprensa. Foi voto vencido, como seria de se esperar.
A ONU ignorou solenemente o acórdão Handyside, de 1976, reconhecido pela Corte Européia de Direitos do Homem. Que declara:
“A liberdade de expressão vale não apenas para as informações ou idéias acolhidas com favor, mas também para aquelas que ferem, chocam ou inquietam o Estado ou uma fração qualquer da população. Assim o querem o pluralismo, a tolerância e o espírito de abertura, sem o qual não existe sociedade democrática”.
O que a ONU está propondo, no fundo, é uma Idade Média total. Se na Idade Média eram proibidos apenas os livros e autores que contestavam a Igreja de Roma, a entidade agora quer a proibição de qualquer livro ou autor que conteste toda e qualquer religião. Enquanto isto, o Islã, autor da proposta, continua se reservando o direito de matar os infiéis, onde quer que se encontrem.
Palavra do Profeta. Allah-u-akbar!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

VOLTANDO NA SEXTA-FEIRA SANTA


Depois de uma longa jornada sem postagem, estou voltando. Nesse período parado percebi que tenho muito mais de três leitores, uns concordam com os meus textos e outros nem tanto. Que bom que é assim. Não suportaria saber que os meus textos não provocam a dúvida, a necessidade da busca e o questionamento.
Durante esse período, muita matéria prima foi disponibilizada para incentivar qualquer critico da religião escrever textos que contestem as práticas e os princípios morais religiosos, tais como: O Papa condenar o uso da camisinha, pastor preso por pedofilia, discriminação religiosa e excomunhão de médicos.
E como hoje é sexta-feira santa, onde a igreja católica reunirá seus fiéis para as procissões, penitências, pedido de perdão, agradecimento as graças alcançadas. Prefiro aproveitar o feriado para ler mais um pouco, conversar com meus filhos, dormir, passear, visitar parentes e me empanturrar de muncunzar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

DE VOLTA.....

Aos meus três leitores,
Depois da festa profana, o carnaval, volto a rotina do blog.
Inté

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Doze Regras de Redação da Grande Mídia Internacional Quando a Notícia é Oriente Médio

Regra Um - No Oriente Médio, são sempre os Árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

Regra Dois - Os Árabes, Palestinos ou Libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama "Terrorismo".

Regra Três -Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama "Legitima Defesa".

Regra Quatro - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional".

Regra Cinco - Os Palestinos e os Libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama "Seqüestro de Pessoas Indefesas".

Regra Seis - Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos Palestinos e Libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000, dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos Palestinos. Isso se chama "Prisão de Terroristas".

Regra Sete - Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".

Regra Oito - Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos Estados Unidos". Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo existencial.

Regra Nove - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios Ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações de Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".

Regra Dez - Tanto os Palestinos quanto os Libaneses são sempre "covardes" que se escondem entre a população civil, a qual "não os quer". Se eles dormem em suas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso chama "Ações Cirúrgica de Alta Precisão".

Regra Onze - Os Israelenses falam melhor o Inglês, o Francês, o Espanhol e o Português que os Árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidade do que os Árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de "Neutralidade Jornalística".

Regra Doze - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade".

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

IMPRENSADOS

Imprensados é um blog irreverente e de um humor bastante perspicaz. O fotógrafo Diego Gurgel se mostra além de um excelente profissional na arte de congelar momentos que muitas vezes passam despercebidos pela maioria das pessoas, também é um blogueiro de primeira.


domingo, 18 de janeiro de 2009

O ÍMPIO

Por Valden Rocha

Recentemente estava na casa dos meus pais fazendo umas correções do meu texto que iria para o blog, e pedi que minha irmã me ajudasse com as correções ortográficas, quando ela de forma brincalhona fez o seguinte comentário: “Enquanto o nosso irmão prega o bem, você insiste em fazer o mau, depois eu leio”. Referindo-se aos textos que escrevo no blog. Naquele momento não dei muita importância, mais a frase ficou povoando meus pensamentos desde então.
Tal frase se referia ao outro irmão, que é formado em Teologia e o principal responsável por conduzir parte de minha família para o protestantismo, ficando eu com os meus questionamentos céticos.
O que minha irmã externou, na verdade é a posição de milhares de pessoas que se vestem com a burka da verdade religiosa.
Nas entrelinhas, o pano de fundo da frase, que de forma inconsciente, acredito eu, demonstra intolerância as opiniões divergentes, e um fundamentalismo religioso que começa a se manifestar, que claramente afirma: “se não é um dos nossos, é porque faz parte do mau”.
Essa intolerância religiosa é percebida facilmente nas escolas, ambiente de trabalho, em reuniões sociais e em rodas de amigos. Basta colocar em um mesmo ambiente um evangélico um judeu, um católico, e um espírita, ou qualquer outro que tenha um credo contrário, e então à celeuma esta formada.
E quanto maior o número de pessoas, maiores são as probabilidades de que guerras e atentados possam vir acontecer. Exemplos assim abarrotam a literatura da história da humanidade. Há! Não me lembro de nenhuma guerra ou atentado capitaneado por céticos.
Voltando para a frase que me motivou a escrever esse artigo, onde o conceito de bem e mau, perpassa os valores morais e éticos, mais pousa no colo do conceito da intolerância religiosa.
Quando me foi atribuído à ação de fazer o mau, parei pra reler todos os meus textos postados no blog, e diferentemente de alguns textos bíblicos, em nenhum momento fiz apologia à violência. Muito pelo contrario, deixo bem claro, a minha indignação perante as injustiças e mortes sofridas por milhões de pessoas inocentes por conta do fanatismo religioso, em decorrência de guerras santas, pela ausência de solidariedade dos grupos que se intitulam “os bons”, pela a intolerância de alguns grupos religiosos, pela imposição de credos, pelas fogueiras humanas da inquisição, e por outras barbáries cometidas em nome de Deus.
Que fique bem claro que minha posição contraria a religiosidade não é com os moderados, mais sim com os fanáticos e intolerantes, com os que desrespeitam o estado laico, que passam por cima dos princípios democráticos e que se julgam acima do bem e do mau.
Finalizo com uma frase de um escritor Israelense, chamado Amos Oz que diz: “Ele quer salvar sua alma, quer redimi-lo, quer libertá-lo do pecado, do erro, do fumo, da sua fé ou de sua falta de fé, quer melhorar seus hábitos de bebida ou de voto. O fanático importa-se muito com você, ele esta sempre se atirando no seu pescoço, porque o ama de verdade, ou apertando sua garganta, caso você prove ser irrecuperável.”

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O LADO B DA BÍBLIA V - ISRAEL X PALESTINA


por Valden Rocha

Nesses últimos meses temos acompanhado pelos meios de comunicação o massacre que vem ocorrendo na faixa de Gaza, entre os fundamentalistas do Hamas e o povo escolhido de Deus, os Israelitas.
Quando pensei em escrever algo a respeito, não queria cair nas avaliações que vemos todos os dias nos rádios, tv´s e jornais impressos. Na verdade, desde do dia em que venho acompanhando essa guerra desigual, onde centenas de pessoas inocentes já morreram, principalmente crianças e jovens, eu não consigo parar de pensar no que diz a bíblia do povo que Deus escolheu, o povo de Israel.
No velho testamento, fica muito evidente que o povo de Israel tinha o “de acordo” celestial para matar, saquear, humilhar, escravizar e abusar sexualmente dos povos conquistados, como veremos nessa passagem bíblica que citarei, no livro de Deuteronômios 3.

Os Israelitas derrotam o rei Ogue
“...O senhor Deus me disse: Não tenha medo, pois eu farei com que você derrote Ogue e seu exército.....”
“...O Senhor, nosso Deus, fez com que derrotássemos Ogue e todo seu exército, e nos matamos todos, sem deixar ninguém vivo...”
“...matamos todos os homens, mulheres e crianças.....”
“...ficamos com o gado e os objetos de valor que encontramos nas cidades...”

Outra passagem que me vem à memória é a luta de Davi e o Gigante Golias. Davi sendo um dos escolhidos derrota o Gigante Golias com uma pedra.
Hoje o que vemos é o massacre do Davi com todo poderio bélico contra um povo que nem de longe lembra o Gigante derrotado, até porque são eles que atiram pedras contras os tanques iraquianos, patrocinados pelo povo norte americano, que também se julgam o povo escolhido.
Não tenho dúvidas que milhões de mulçumanos em suas mesquitas estarão louvando a Alá por paz;
E que em várias sinagogas pelo mundo, estarão rezando pra Deus, para que Ele detenha essa guerra;
E que em algum momento, os católicos estarão ouvindo o representante divino na terra, o Papa, pedido paz para os povos, em vários os idiomas, e muitos deles atendendo ao chamado pela paz;
E que os evangélicos, em seus templos, e muitos deles ao fundo uma bandeira de Israel , orando pela paz na terra.
Mas não podemos nos esquecer, que essa guerra se faz com os fundamentalistas mulçumanos amarrados com bombas em seu corpos, com judeus fortemente armados e com o patrocínio do maior país cristão do mundo, os norte americanos.
Que Deus, seja lá Ele qual for, toque os corações e dele tire o ódio e deixe a paz.